Armed conflict is on the rise in sub-Saharan Africa and affects public infrastructures, including health systems, although evidence on population health is sparse. We aimed to establish how these disruptions ultimately affect health service coverage.
We geospatially matched Demographic and Health Survey data with the Uppsala Conflict Data Program Georeferenced Events Dataset, covering 35 countries for the period from 1990 to 2020. We relied on linear probability models with fixed effects to capture the effect of nearby armed conflict (within 50 km of the survey cluster) on four service coverage indicators along the continuum of maternal and child health care. We also investigated effect heterogeneity by varying conflict intensity and duration, and sociodemographic status.
The estimated coefficients represent the decrease in the probability (in percentage points) of the child or their mother being covered by the respective health service following deadly conflicts within 50 km. Any nearby armed conflict was associated with reduced coverage for all examined health services, with the exception of early antenatal care: early antenatal care (–0·5 percentage points, 95% CI –1·1 to 0·1), facility-based delivery (–2·0, –2·5 to –1·4), timely childhood vaccination (–2·5, –3·1 to –1·9), and treatment of common childhood illnesses (–2·5, –3·5 to –1·4). For all four health services, the negative effects increased for high-intensity conflicts and were significant throughout. When examining conflict duration, we did not find negative effects on the treatment of common childhood illnesses in prolonged conflicts. The analysis on effect heterogeneity revealed that, except for timely childhood vaccination, the negative effects of armed conflict on health service coverage were more pronounced in urban settings.
Our findings suggest that health service coverage is significantly affected by contemporaneous conflict, but health systems can adapt to provide routine services, such as child curative services, in situations of prolonged conflict. Our analysis underlines the importance of studying health service coverage during conflict both at the finest possible scales and across different indicators, pointing at the need for differential policy interventions.
None.
This translation in French was submitted by the authors and we reproduce it as supplied. It has not been peer reviewed. The Lancet's editorial processes have only been applied to the original in English, which should serve as reference for this manuscript.
Cette traduction en français a été proposée par les auteurs et nous l'avons reproduite telle quelle. Elle n'a pas été examinée par des pairs. Les processus éditoriaux du Lancet n'ont été appliqués qu'à l'original en anglais et c'est cette version qui doit servir de référence pour ce manuscrit.
Les conflits armés sont en augmentation en Afrique subsaharienne (ASS) et affectent les infrastructures publiques, y compris les systèmes de santé, bien que les preuves sur la santé de la population soient rares. Nous avons cherché à déterminer comment ces perturbations affectent en fin de compte la couverture des services de santé.
Nous avons apparié à l'aide de méthodes géospatiales les données de l'Enquête Démographique et de Santé (DHS) avec la base de données les événements de conflit géoréférencés constituée par l'université d'Uppsala (UCDP GED), couvrant un total de 35 pays pour la période de 1990 à 2020. Nous nous sommes appuyés sur des modèles de probabilité linéaire avec des effets fixes pour mesurer l'effet d'un conflit armé à proximité (dans un rayon de 50 km de la grappe d'enquête) sur quatre indicateurs de couverture des services dans le continuum des soins de santé maternelle et infantile. Nous avons également étudié l'hétérogénéité de l'effet en faisant varier l'intensité et la durée du conflit, ainsi que le statut sociodémographique.
Les coefficients estimés représentent la diminution de la probabilité (en points de pourcentage) que l'enfant, ou sa mère, soit couvert par le service de santé respectif suite à des conflits meurtriers dans un rayon de 50 km. Tout conflit armé à proximité était associé à une réduction de la couverture pour tous les services de santé examinés, à l'exception des soins prénatals précoces (effet négatif mais non statistiquement significatif): soins prénatals précoces (-0·5 pp, IC 95% -1·1 à 0·1), accouchement en établissement (-2·0, -2·5 à -1·4), vaccination infantile à temps (-2·5, -3·1 à -1·9) et traitement des maladies infantiles courantes (-2·5, -3·5 à -1·4). Pour les quatre services de santé, les effets négatifs ont augmenté pour les conflits de haute intensité et sont restés significatifs tout au long du conflit. En examinant la durée du conflit, nous n'avons pas trouvé d'effets négatifs sur le traitement des maladies infantiles courantes dans les conflits prolongés. L'analyse de l'hétérogénéité des effets a révélé que, à l'exception de la vaccination des enfants à temps, les effets négatifs des conflits armés sur la couverture des services de santé sont plus prononcés en milieu urbain.
Nos résultats suggèrent que la couverture des services de santé est significativement affectée par un conflit contemporain, mais que les systèmes de santé peuvent s'adapter pour fournir des services de routine, tels que les services curatifs pour enfants, dans des situations de conflit prolongé. Notre analyse souligne l'importance d’étudier la couverture des services de santé pendant un conflit à la fois aux échelles les plus fines possibles et à travers différents indicateurs, soulignant la nécessité d'interventions politiques différenciées.
Aucun.
This translation in Portuguese was submitted by the authors and we reproduce it as supplied. It has not been peer reviewed. The Lancet's editorial processes have only been applied to the original in English, which should serve as reference for this manuscript.
Esta tradução em português foi submetida pelos autores e nós não fizemos quaisquer alterações. Esta versão não foi revista por pares. O processo editorial do The Lancet só foi aplicado à versão original em inglês, que deve servir como referência para este artigo.
O conflito armado está a aumentar na África Subsaariana (ASS) e afecta as infra-estruturas públicas, incluindo os sistemas de saúde, embora os dados sobre a saúde da população sejam escassos. O nosso objectivo era determinar de que forma estas perturbações afectam, em última análise, a cobertura dos serviços de saúde.
Fizemos uma correspondência geográfica entre os dados do Inquérito Demográfico e de Saúde (DHS) com a base de dados de eventos de conflitos georeferenciados compilada pela Universidade de Uppsala (UCDP GED), abrangendo um total de 35 países para o período de 1990 a 2020. Confiámos em modelos de probabilidade linear com efeitos fixos para captar o efeito do conflito armado próximo (num raio de 50 km do cluster do inquérito) em quatro indicadores de cobertura de serviços ao longo do continuum dos cuidados de saúde materna e infantil. Investigámos também a heterogeneidade dos efeitos por intensidade e duração variável do conflito, e o estatuto sociodemográfico.
Os coeficientes estimados representam a diminuição da probabilidade (em pontos percentuais) da criança, ou da sua mãe, estar coberta pelo respectivo serviço de saúde na sequência de conflitos mortais num raio de 50 km. Qualquer conflito armado próximo foi associado à redução da cobertura para todos os serviços de saúde examinados, com excepção dos cuidados pré-natais precoces (negativos mas não estatisticamente significativos): cuidados pré-natais precoces (-0·5 pp, 95% IC -1·1 a 0·1), parto em instalações (-2·0, -2·5 a -1·4), vacinação infantil atempada (-2·5, -3·1 a -1·9), e tratamento de doenças infantis comuns (-2·5, -3·5 a -1·4). Para os quatro serviços de saúde, os efeitos negativos aumentaram para os conflitos de alta intensidade e foram significativos ao longo do tempo. Ao examinar a duração dos conflitos, não encontrámos efeitos negativos no tratamento de doenças comuns na infância em conflitos prolongados. A análise sobre a heterogeneidade dos efeitos revelou que, excepto no caso da vacinação infantil atempada, os efeitos negativos dos conflitos armados na cobertura dos serviços de saúde são mais pronunciados em contextos urbanos.
As nossas conclusões sugerem que a cobertura dos serviços de saúde é significativamente afectada por conflitos contemporâneos, mas os sistemas de saúde podem adaptar-se à prestação de serviços de rotina, tais como serviços curativos para crianças, em situações de conflito prolongado. A nossa análise sublinha a importância de estudar a cobertura dos serviços de saúde durante o conflito, tanto à melhor escala possível como através de diferentes indicadores, apontando para a necessidade de intervenções políticas diferenciadas.
Nenhuma.